Todo relacionamento terá seus desafios. Post 143
- Bárbara Areias
- 7 de nov. de 2022
- 5 min de leitura

Será que você está preparado para superá-los?
A ausência de diálogo dá margem para os cônjuges criarem teorias para o comportamento e os sentimentos do outro. Como a possibilidade de esclarecer suposições é inexistente, a ansiedade e o medo vêm. Eles passam a questionar a fidelidade do parceiro e a força do vínculo afetivo entre eles.
Os conflitos são partes inerentes da convivência humana. Em razão da diversidade de pensamentos e de personalidades, é normal embates acontecerem no trabalho, em casa, entre amigos e namorados.
Nenhum dos cônjuges precisa se diminuir ou se calar para cessar um confronto, mas, sim, se defender compreendendo que o parceiro pensa e age diferente.
Essa atitude exige o afastamento de condutas defensivas, motivados pelo medo e o orgulho.
Nem sempre é fácil permanecer em silêncio e ouvir a pessoa amada falar coisas desagradáveis. No entanto, é dessa forma que desentendimentos são esclarecidos e mágoas secretas são reveladas. Os casais precisam ter inteligência emocional para distinguir uma crítica construtiva de um ataque pessoal.
No momento em que há uma ruptura brusca da confiança, projetos, expectativas e sonhos são violentamente alterados. Isso faz com que o equilíbrio emocional e psicológico fique vulnerável a danos de médio a longo prazo.
Reações violentas causadas por uma dor intensa, esta primeira reação tende a ser uma forma automática de refugiar-se contra o sofrimento.
Comunicar-se de modo não-violento é o mesmo que não fazer acusações, não permanecer na defensiva, escutar o outro sem fazer interrupções, estar atento aos sentimentos um do outro e usar a forma mais branda de se expressar.
Converse com a pessoa com a intenção de resolver o problema em questão. Não mencione problemas resolvidos anteriormente ou aponte os defeitos dele como as causas do atual desentendimento.
É importante solucionar problemas de relacionamento rapidamente. Se você deixar muito tempo passar, guardará mágoas dentro de você e sentirá a necessidade de trazer o passado de volta em problemas atuais.
Só não inicie o diálogo pensando somente nas atitudes ou nas palavras que lhe magoaram. É importante sim expressá-las para que o cônjuge tenha ciência disso.
Prestar atenção ao equilíbrio entre dar e receber. É muito comum que a maioria dos relacionamentos não apresentem esse equilíbrio: ou nos doamos demais ou exigimos demais.
Um bom relacionamento apresenta naturalmente a reciprocidade.
Isso indica que ambos estão maduros e se preocupam com o bem-estar do parceiro e o seu próprio.
Quando duas pessoas decidem desenvolver um relacionamento saudável e recíproco, é importante que elas dediquem um tempo para falar sobre seus valores pessoais, objetivos e quais as suas expectativas.
Embora sejamos seres sociais e como questão de sobrevivência tendemos sempre a conviver em grupo, preservar a individualidade e a própria essência é fundamental para a manutenção da autoestima e do autoconhecimento, pois somente quando estamos realmente bem com o nosso próprio eu, é que podemos, também, sermos bons para o outro.
Frequentemente nos deparamos com questões internas e individuais, às vezes até mesmo inconscientes, que em algum momento vieram à tona e refletiram na saúde da relação.
Não presuma que o outro sabe ou que tem a obrigação de saber sobre como você se sente. Mesmo quando falamos sobre relacionamentos que já duram anos, não podemos afirmar que o outro sabe exatamente tudo o que queremos, pois vivemos em constantes mudanças e perspectivas, e o que fazia sentido para nós há dois meses atrás, agora pode não fazer mais.
Quanto mais expressivos e transparentes formos sobre os nossos sentimentos, maiores serão as probabilidades do outro compreender e acolher os nossos momentos de profundas alegrias ou de tristezas cotidianas, e a isso damos o nome de parceria.
Quando cuidamos dos nossos relacionamentos, estamos relembrando constantemente os motivos que nos fizeram escolher aquela pessoa para estar ao nosso lado, e isso nos faz sempre priorizar o que é realmente importante para a nossa vida.
Quando um relacionamento nasce, muitas expectativas estão embutidas, e quando elas não são correspondidas, gera frustração. Por isso, a base para um relacionamento é o diálogo, é o compartilhar de ideias e os planejamentos.
São diversos os questionamentos que os recém-separados alimentam em suas cabeças durante o processo de separação. A mente pode ficar abarrotada a ponto de obstruir a sua visão acerca da situação.
Cabe a cada refletir sobre quais são os melhores comportamentos a se ter diante do fim desse ciclo tanto para si mesmo quanto para o ex-parceiro.
Você provavelmente carregará uma tristeza dentro de você por algum tempo, a qual diminuirá aos poucos. A raiva também pode permanecer com você por um longo período.
O que você não pode fazer é se entregar a tristeza, se escondendo, como se fosse algo inconveniente, você pode ter dificuldades pare encontrar esse equilíbrio. Como se permitir ficar triste e não se entregar a tristeza.
Para não se entregar totalmente ao luto e estimular o surgimento de uma nova condição de saúde mental, procure se manter ocupado.
Fazer isso não é fugir do problema, pois você não está evitando a situação e sim pensamentos desnecessários que provocam emoções demasiadamente nocivas.
Resíduos de questões mal resolvidas ou que provocam emoções intensas, como raiva ou tristeza, às vezes ficam no coração. Não é da noite para o dia que isso se resolve.
Você pode passar meses pensando no que poderia ter feito diferente ou no que o outro poderia ter feito diferente, além de refletir sobre todas as coisas que lhe machucaram durante o relacionamento.
Perdoe a si mesmo por suas atitudes e palavras, levando em consideração até aquelas que você não colocou em prática. Do mesmo modo, perdoe o ex-parceiro pelas atitudes e palavras dele que causaram um sofrimento em você.
Lembre-se que perdoar não é o mesmo que aceitar algo errado. É uma forma de você se curar emocionalmente, aliviar a pressão entorno de uma situação e conseguir seguir em frente.
Manter uma relação saudável e duradoura pode ser difícil quando os nervos estão à flor da pele, mas procure ver o ex-cônjuge como um ser humano que comete erros igual a você. Construir um relacionamento respeitoso após uma separação é benéfico não apenas para o casal.
Buscar a felicidade no relacionamento exige compromisso, dedicação e resiliência para impedir que o relacionamento se torne obsoleto.
Uma vez que a perda seja plenamente reconhecida, o indivíduo provavelmente sentirá raiva intensa. Este é um estágio muito delicado porque é quando muitas coisas podem dar errado no processo.
É bom procurar maneiras saudáveis de desabafar a raiva, seja conversando com pessoas queridas, escrevendo em diários, praticando uma atividade física ou buscando o auxílio da oração ou um terapeuta.
A tristeza é sentida quando você começa a reconhecer toda a extensão da separação. Começa a sentir falta das coisas boas do relacionamento. Você pensa na atitude do outro e sabe que nunca pode obter total confiança de volta.
Os sentimentos nunca são errados ou ruins. O que fazemos por causa de sentimentos pode ser errado ou ruim, mas isso é uma escolha.
Depois de ter lidado com suas emoções, está na hora de ir atrás de coisas positivas para avançar em sua vida. E isso pode ser a parte mais difícil em lidar com a separação, pois significa fazer escolhas que irão impactar só o seu futuro agora.
É importante que fique claro que isso não se trata de encontrar justificativas para os atos de traição. É importante entender os motivos da dor, fortalecer o autoconhecimento, buscar superação de traumas individuais e retomar o controle da vida.
Quando alguém te trai, trai sua confiança, te decepciona umas das sensações mais pungentes é a perda. E deixar partir é sentir isso novamente. Mas pode ser feito. É preciso muita calma, preparação, confiança em si mesmo e acolhimento.
POST143
Comments