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Quem é você agora? Post 144

  • Foto do escritor: Bárbara Areias
    Bárbara Areias
  • 18 de nov. de 2022
  • 3 min de leitura

Atualizado: 6 de nov. de 2024


Deus não deseja que uma família seja desfeita, pode ser uma aspirante a família, não é natural. O amor não merece ser traído, abandonado ou morto.


Mas o conflito é inerente e uma pessoa não plena está sujeito aos piores erros de sua vida. Sua fraqueza o põe a mercê de influências não divinas.


Decidir ir adiante e encarar o que tiver para ser vivido requer coragem.


Será preciso se anular mais uma vez e dar uma nova chance de reconquistar essa metade. É importante saber respeitar a decisão do outro e, apesar de ser contra o que vc gostaria, buscar entender os motivos de isto ter acontecido.


Não se precipitar em sair rapidamente desta condição e buscar esquecer.


“O sofrimento vem em ondas, um ataque, em súbitas apreensões que enfraquecem os joelhos, cegam os olhos e transtornam o cotidiano da vida da gente.”


A cada lembrança do objeto, este será superinvestido de energia, até que, de maneira vagarosa, esse trabalho poderá se completar, deixando o indivíduo livre para investir energia em outro objeto.


Então observe a seguir três aspectos que fazem parte do processo de luto segundo Parkes (1998). Conhecer o processo pode ajudar a reunir forças para despertar sua coragem:


1. A Reação Inicial

Inicialmente, a reação é de alarme, ansiedade, inquietação e reações fisiológicas que acompanham o medo. Uma mistura de raiva e de culpa pelos episódios que levaram ao fim do relacionamento. Nestes momentos as pessoas podem ter reações de fúria e crises de choro copioso.


2. O Pesar, o Anseio e a Procura

O sentimento de pesar pelo futuro da relação que presumíamos que existiria deixa a cognição turva a tal ponto que nos vemos procurando encontrar ou ter notícias da pessoa de alguma forma.


Nestes momentos, as pessoas têm a nítida sensação de que a qualquer momento o outro vai chegar, como se nada tivesse acontecido. E estas sensações se intercalam com momentos de reconhecimento de que a relação acabou. E logo adiante mais um ciclo de anseio e procura. Exemplos disso são os famosos estalqueamentos nas redes sociais e a busca por notícias da pessoa, seguidas de frustrações.


3. A transição Psicossocial

A sensação é de que a vida como era conhecida não existe mais. É como se a pessoa estivesse em reconhecimento de um mundo desconhecido, preenchida por uma sensação de vazio. Os hábitos e as relações não são mais os mesmos. Este é um processo que sai da negação, desamparo e desesperança, passa pela aceitação da separação e, enfim, começa a reconfigurar seu modo de viver. Há uma reconfiguração de aspectos da identidade pessoal, dos projetos de vida e da compreensão de mundo.


Ressignificação e Recomeço

Estes três aspectos que você acabou de ler não são necessariamente sucessivos, podem se alternar nos ciclos do processo de luto. Mas, lembre-se destes dois pontos:


  • Nos momentos em que a raiva estiver mais intensa, você vai lembrar das mágoas, dos sentimentos hostis que trocaram e de todos os motivos que levaram à separação. Nesses momentos, é como se o amor e a parceria nunca tivessem existido.


  • Por outro lado, nos momentos de anseio e procura os sentimentos e pensamentos que predominam são a saudade, o arrependimento e o desejo de reaver os aspectos prazerosos da relação que existia, como se os desacordos e desagrados não tivessem existido. É neste ponto que acontecem as recaídas.


Isso faz com que uma das principais tarefas da superação do fim de um relacionamento seja a integração de todos os momentos que construíram a história do casal enquanto durou, os agradáveis e os desagradáveis. Esta integração nos auxilia a ressignificar nossa história e a transformar, pouco a pouco, o pesar em nostalgia, afinal, aquelas lembranças do que vocês viveram não podem ser apagadas e fazem parte de quem você é hoje.


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