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PEQUENA HISTÓRIA DA VINHA E DO VINHO - POST 161

  • Foto do escritor: Bárbara Areias
    Bárbara Areias
  • 8 de ago. de 2024
  • 3 min de leitura


A vinha, do gênero botânico Vitis, é uma das mais antigas plantas cultivadas. Desde muito cedo, o homem inventou o vinho que, desde os primórdios da civilização até os nossos dias, iria acompanhar os grandes acontecimentos da existência humana: vinhos das cerimônias religiosas, vinhos das comemorações, mas também vinho curativo, calmante ou terapêutico.



As mais antigas civilizações conheciam o vinho, cuja origem se situa provavelmente na Pérsia, na Mesopotâmia e nas regiões do Cáucaso, aonde a vinha já era cultivada há seis mil anos antes de Cristo. Há três mil anos a.C. os Egípcios e mil anos depois os Fenícios, produziam e gostavam do vinho e, em época posterior (1000 a.C.), os Gregos e sucessivamente os Romanos (500 a.C.), apreciavam vinhos espessos e fortemente alcoólicos, preparados geralmente com numerosas especiarias, mel ou ervas e sempre servidos misturados com água, às vezes também água do mar. Não há como saber que sabor devia ter, mas é de se supor que não fosse grande coisa. Com certeza o vinho era muito diferente do produto que nós conhecemos.



Os Gregos, colonizando o Mediterrâneo e o Sul da Itália (Sicília, Calábria, Puglia), promoveram o cultivo da videira, assim como os Etruscos na Toscana e no Lazio. Os Romanos, durante suas conquistas, espalharam a “cultura” da vinha no norte da península, na França, Espanha, Portugal, Áustria e Alemanha. 



No princípio do séc. IV, o Imperador Constantino, reconheceu oficialmente a religião cristã, e a necessidade de vinho para a Missa favoreceu a plantação dos vinhedos. O desenvolvimento da vinha foi concomitante com a implantação dos mosteiros e das grandes Ordens religiosas.


Os Beneditinos, em particular, desempenharam um papel importante na expansão da viticultura e na sua conservação, quando os Bárbaros invadiram e destruíram o Império Romano do Ocidente e, sucessivamente, na Idade Média.



A partir dos séculos XIII e XIV, a explosão demográfica e o desenvolvimento do comércio, provocaram o crescimento do consumo do vinho.



Mais tarde, no século XVIII, a popularização da garrafa e da rolha de cortiça, permitiu a ramificação das redes de distribuição até aos locais de consumo.

Simultaneamente, proprietários e negociantes substituíam os religiosos e os aristocratas: inicia-se a indústria do vinho.



Foi então que apareceu a crise da Filoxera (Phylloxera vastatrix), minúscula pulga originária da América. Detectada a partir de 1864, destruiu quase a totalidade dos vinhedos da Europa. Tudo indicava que seria o fim da era do vinho, mas a videira sobreviveu. Para resistir a esta praga, recorreu-se ao enxerto sobre videiras originárias da América e resistentes ao inseto. Hoje a totalidade dos vinhedos europeus é constituída por videiras enxertadas.



Existem milhares de variedade de videiras, ou castas, pertencentes à espécie européia Vitis vinifera. Contudo as castas que produzem os melhores vinhos são cerca de duzentas. Cada casta possui as suas características próprias permitindo a sua adaptação ao clima e ao solo.



As aptidões tecnológicas, tais como a cor dos bagos e a qualidade do mosto, são primordiais em enologia.Variam em função do clima do ano, da natureza do solo, da sua riqueza agronômica e da conduta da videira. Uma mesma casta cultivada em terrenos diferentes dá origem a vinhos diferentes.  Além disso, cada casta traz ao vinho aromas e paladares que lhe são próprios.



A adequação casta-terreno condiciona a qualidade e a tipicidade da produção. As observações atentas e repetidas dos viticultores ao longo dos séculos, permitiram a seleção das castas melhores adaptadas a cada região.

 

  

 

O ciclo vegetativo da vinha tem início na primavera, quando a temperatura ambiente atinge cerca de 10ºC. Quando os botões começam então a nascer é a floração, depois aparecem as primeiras folhas e o ramo inicia o seu crescimento. Durante dois meses, desenvolve-se a floração. A floração e a fecundação têm lugar até o final deste período. Nos dias seguintes à floração observa-se a formação dos bagos. Os bagos desenvolvem-se durante o verão, período de crescimento da vinha. Assiste-se então à coloração: a película das uvas vermelhas colora-se, enquanto a das uvas brancas perde a sua cor verde. É o inicio da maturação.



Quando os bagos atingem a maioridade, podem começar as vindimas. Este estágio de maturidade caracteriza-se por uma acumulação de açúcares (glicose e frutose) no sumo dos bagos, uma diminuição da acidez e a presença de aromas. Os viticultores contam geralmente 120 dias entre o início da floração e o fim da maturação. A queda das folhas, no fim do outono, marca o início do repouso vegetativo.


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