O Vegetarianismo - post104
- Bárbara Areias
- 23 de jan. de 2021
- 5 min de leitura
Tornar-se vegetariano pode ser mais fácil do que você imagina. Você só precisa de informação.
Existem razões variadas para que inicie: perda de peso, aumentar os níveis de energia, problemas de pele, reduzir o risco de doenças cardíacas, exploração do animal e até aumento da longevidade.
Mas seu corpo não será beneficiado por uma dieta vegetariana se você trocar frango e carne vermelha por sobremesas, batatas fritas e muito queijo, se esta proteína não for substituída da forma certa.
Apesar das vantagens descritas, cada um deve seguir uma dieta alimentar que se ajuste à sua realidade individual.
Com o aumento do número de vegetarianos no Brasil, o flexitarianismo está se tornando cada vez mais difundido, em particular como um regime de transição para o vegetarianismo.
O flexitarianismo, às vezes chamado de semivegetarianismo, é uma prática alimentar cuja base diária é vegetariana, mas que permite o consumo ocasional de carne. Assim, podemos dizer que os flexitaristas comem carne, reduzindo muito o seu consumo, sem se tornar vegetariano ou vegano. São pessoas que reduzem o consumo de carne, mas em dois dias ou apenas um dia da semana.
Os 4 tipos principais de vegetarianos
Os ovolactovegetarianos Não consomem nenhum tipo de carne (nem frango, peixe ou frutos do mar), mas consomem laticínios e ovos. Este tipo de vegetarianismo é o mais comum, embora os produtos de origem animal aceitos neste tipo de dieta não sejam, de fato, vegetarianos. Quando alguém se declara vegetariano, quase sempre pertence a este grupo. As motivações que levam uma pessoa a ser ovolactovegetariana variam, mas quase sempre estão ligadas a compaixão com os animais. Por isso, grande parte dos ovolactovegetarianos passam a ser veganos.
Os lactovegetarianos
Além de não consumir nenhum tipo de carne – como os ovolactovegetarianos -, os lactovegetarianos excluem também os ovos da dieta. Quase sempre este tipo de vegetarianismo está ligado à razões religiosas. É o tipo de vegetarianismo predominante em países como a Índia. Os produtos de origem animal aceitos neste tipo de dieta não são, de fato, vegetarianos.
Os vegetarianos estritos
Não consomem nenhum tipo de carne, laticínios ou ovos em sua alimentação.
Os veganos
Por motivações éticas, não consomem nada de origem animal em nenhuma área de suas vidas. Alimentação, vestuário, espetáculos ou qualquer outro tipo de atividade que envolva sofrimento animal é excluída da vida de uma pessoa vegana. O veganismo é uma postura política e não uma dieta. Para os veganos, é importante mostrar sua filosofia de vida às empresas, através de boicote a produtos e serviços obtidos com sofrimento de animais. Produtos com qualquer ingrediente ou insumo de origem animal ou ainda testados em animais são riscados da lista de compras veganas. Entre os produtos não utilizados pelos veganos estão o couro (pele), a gelatina (tendões e cartilagens), a lã, o mel, corantes feitos à base de animais e outros insumos da indústria derivados de animais.
Dentro do vegetarianismo existem muitas vertentes. Cada um permite mais ou menos alimentos de origem animal dentro da dieta, e é isso que os fazem diferentes uns dos outros.
Os pesco-vegetarianos
São aqueles que comem peixes e frutos do mar, mas não as outras carnes.
Os crudívoro
Ainda raridade dentro do mundo vegetariano, admite apenas a ingestão de alimentos crus – para ser considerado cru, o alimento não pode ser aquecido acima dos 40º, nem refinado, pasteurizado, tratado com pesticidas ou processado. Os adeptos da dieta crudívora acreditam que o cozimento destrói as enzimas e faz os alimentos perderem nutrientes. Nessa dieta é comum a utilização de alimentos em processo de germinação (cereais integrais, leguminosas e oleaginosos). Alguns, inclusive, incluem peixes crus e ovos. Um crudívoro possui ingestão calórica significativamente menor do que uma pessoa que consome alimentos quentes, mas também apresenta baixa ingestão de proteína, cálcio, B12 e vitamina D.
Os frugívoro
O mais radical entre os vegetarianos: admite apenas frutos na alimentação. Para alguns, o conceito de “frutos” inclui cereais, alguns legumes (abobrinha, berinjela) e oleaginosos, mas muitos consomem apenas frutas. A ideia é variar o máximo possível e comer de forma a potencializar o produto: isto significa comer devagar e mastigar bem, para os ácidos da saliva e do estômago absorverem adequadamente os nutrientes. Os adeptos do frugivorismo podem ter carência de proteínas, gorduras, ômegas 3 e 6 (que auxiliam no desenvolvimento da memória) e vitamina B-12 (atua no sistema nervoso)
Se ficar com vontade de comer carne vermelha frequentemente, pode ser que seus níveis de ferro estejam baixos e o corpo queira compensá-los:
As Vitaminas diárias podem ajudar a balancear os níveis de nutrientes e, assim, evitar a sensação de fome por deficiência.
Assim como os suplementos alimentares podem ser uma mão na roda para todos os tipos de vegetarianos. Isso porque, muitas vezes, não é possível conseguir todos os nutrientes somente pela alimentação.
Pode ser preciso suplementar proteínas, vitaminas e minerais. Sendo assim, o whey protein, a proteína vegetal e os multivitamínicos podem ser ótimas alternativas para complementar o cardápio.
É mais fácil parar de comer carne aos poucos. Isso pode significar fazer um sanduíche com metade da quantidade usual de carne e com mais vegetais numa noite e, no dia seguinte, jantar uma refeição sem proteína animal alguma.
Comece com a meta de fazer uma refeição diária sem carne. Depois disso, faça o exercício de um dia na semana sem carne, mantendo uma refeição vegetariana nos outros dias. Quando estiver confortável com essas mudanças, aumente o número de refeições sem carne a cada semana.
Estabeleça metas modestas (como reduzir o consumo de carne de modo significativo por dez dias seguidos) para ficar motivado.
Decida que tipos de carne quer limitar ou retirar da dieta.
Comece reduzindo o consumo de carne vermelha, a menos saudável dentre todas as opções. Elimine-o em primeiro lugar para colher os benefícios à saúde.
Depois, reduza gradualmente o consumo de carne de aves. Faça-o enquanto busca fontes alternativas de proteínas.
Frutos do mar, por exemplo, são uma opção de consumo interessante para quem se atenta aos benefícios à saúde e às diferenças na indústria de produção em relação à criação de carne vermelha ou de aves. Por fim, reduza o consumo de peixe.
Quando souber a frequência e o tipo de carne que vai consumir, vai ser mais fácil montar uma dieta que compense os nutrientes perdidos pela redução do consumo desses produtos.
Decida os detalhes de consumo com antecedência para que fique mais fácil se ater à dieta.
Substitua carnes por alternativas saudáveis, ex.
Proteína de ervilha.
Lentilhas são ótimas fontes de fibras e proteínas.
Tofu (feito de soja) não só pode substituir fontes de proteínas, mas também oferece várias texturas às refeições — dependendo da sua consistência (macia ou firme).
Feijão preto é uma fonte rica de antioxidantes e proteínas, além de ser um bom substituto para carne em alimentos como feijoada e burritos.
Produtos veganos, que substituam hambúrguer, cachorro-quente e até bacon podem ser uma alternativa mas cuidado, nem todos os alimentos rotulados como “vegetarianos” são nutritivos: alguns são ultraprocessados e contêm uma lista enorme de aditivos e conservantes.
Se você está comendo menos carne, precisa adicionar mais leguminosas que o normal à sua alimentação. Sempre que possível, priorize o consumo de grãos integrais. Aveia em flocos, arroz integral, pães e doces com farinha de trigo integral e frutas.
O regime flexitariano é cada vez mais difundido, e isso é uma boa notícia para o meio ambiente e o futuro do nosso planeta. É uma dieta muito simples e fácil de seguir, um bom passo para aqueles que tendem a se tornar vegetarianos ou veganos com o decorrer do tempo.
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