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O que acontece com os participantes de um reality? POST111

  • Foto do escritor: Bárbara Areias
    Bárbara Areias
  • 31 de mar. de 2021
  • 2 min de leitura




Eles sabem que existem dezenas de câmeras registrando todos os seus movimentos, eles sabem que vão viver em um ambiente "não natural" e ficarão confinados, nesse caso um isolamento acompanhado de outros confinados, e sabem que a perda de sua privacidade é iminente, que a possibilidade de fuga, seja de uma câmera ou de um colega de confinamento, é confiscada, sua intimidade totalmente devassada.


Os participantes precisam detectar quem tende a colaborar com eles, e identificar possíveis traidores. E aí criam-se os vínculos de confiança. Tudo isso, em um ambiente que estimula os conflitos, já que os participantes ficam em competição constante.


“Em situações de estresse, o nosso organismo se prepara para dois modos: lutar ou fugir”. E como não há como fugir – o jeito é tentar conviver num ambiente aversivo, o que causa alterações de humor. Os participantes se tornam facilmente irritáveis.


“Existe a teoria de que, em uma situação de grande pressão, as ’máscaras vão cair’, e o sujeito vai revelar quem realmente é”!


A verdade é que nós, humanos, somos animais sociais. Sentimos prazer quando outro humano “revela sua personalidade” – já que isso nos dá ferramentas para conviver com esse outro humano.


Uma conclusão real é que o ser humano isolado em determinadas situações deixa seus hábitos e modifica suas reações emocionais.


Isso pode acarretar um comportamento desalinhado com o que essas pessoas acreditam que é o certo, mas conforme aquilo que "elas imaginam parecer favorável ou desfavorável", isso pode trazer mudanças, sejam ou não de caso pensado. Por outro lado, é difícil sustentar [tal atuação] por muito tempo, o que faz surgirem incongruências que podem ser notadas pelo espectador. As pessoas vão se comportando da maneira como imaginam que serão aceitas.


Nossos pensamentos e sentimentos podem ser nossos (e a gente não precisa torná-los públicos se não quisermos), mas eles nunca vem do nada, suas causas últimas estão sempre no ambiente!


Como as pessoas vão enxergar o participante depende de como a edição vai privilegiar ou minimizar o impacto das suas ações, tudo em nome da audiência.


Ao final do embate, quem que possui o privilégio de escolher o vencedor é o espectador votante. 


Aos participantes resta viver sua própria narrativa, agindo de acordo com a sua experiência pregressa aliada à sua cognição do jogo, que vai se aprimorando quanto mais tempo o indivíduo fica dentro da casa. 


Na Lei da Sobrevivência de Darwin, permanece vivo não o mais inteligente ou o mais forte, mas quem consegue se adaptar as novas condições de pressão e temperatura.


Quem vai ganhar o jogo? Sinceramente isto não é importante, mesmo porque os que saem do confinamento, tem que responder ao público com a reputação da imagem social que fora construída durante o programa.


Vale ressaltar que quem venceu a barreira do tempo mantendo o sucesso profissional, não necessariamente foram os campeões do programa.


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