Lei da Oposição - post 148
- Bárbara Areias
- 5 de jan. de 2023
- 3 min de leitura

Você não precisa provar que está certo, você precisa saber que está certo!
Verificamos que nossa vida atual esta regida pela lei da oposição.
O primeiro sustenta a regra da não-resistência, o segundo o uso da reação violenta.
Não há dúvida, o ataque que nos golpeia é movimentado por um ser, chamado, por isso, nosso inimigo. Mas, ele é só a causa próxima e é contra esta que, em nossa miopia, começamos a lutar.
Quando o problema está enquadrado nesses termos, parece claro que a defesa que o mundo pratica, limitada só contra o ofensor, não somente é inútil, mas representa um novo erro que se junta ao velho, aumentando-o.
Por isso, nosso inimigo, contra o qual apontamos nossas armas, não tem poder algum contra nós, além daquele que nós mesmos lhe conferimos com nossas obras contra a Lei de Deus.
Aparece aqui a necessidade lógica de praticar o método da não-resistência, porque ele é o único que representa um verdadeiro sistema de defesa.
A Lei da Não-Resistência é uma das leis mais difíceis a serem seguidas e podemos chamá-la de Lei da Passividade. Essa lei nos ensina a sermos mansos e a não ficar entrando em atrito e choque com às pessoas e coisas do dia-a-dia.
Embora a psicologia considere a passividade uma virtude, o excesso dela pode trazer prejuízos à vida do indivíduo.
Pessoas passivas demais são influenciadas pelas circunstâncias da vida, pelas outras pessoas, pela economia, pela política e pelos fatores externos.
A psiquiatra americana Jacqui Lee Schiff acredita que um comportamento excessivamente passivo caracteriza um distúrbio psicológico chamado Síndrome da Passividade.
Segundo a especialista, existem quatro tipos de comportamentos passivos que fazem parte da Síndrome, são eles:
Inércia: diante de um problema, a pessoa fica inerte, passiva e paralisada, não tomando nenhuma atitude para resolver a questão, fugindo até da situação;
Superadaptação: o indivíduo é excessivamente obediente, submisso, servil e não luta por seus direitos porque tem medo de ser rejeitado ou repreendido. Esta pessoa também apresenta muita dificuldade para dizer não, pois tem uma grande necessidade de ser aprovado;
Agitação ou queixume: em vez de refletir a respeito da solução de um problema, a pessoa fica agitada, inquieta, nervosa, ansiosa e tenta culpar os outros por seus problemas. Este indivíduo costuma cultivar o vitimismo, sentindo-se injustiçado e tendo pena de si mesmo;
Incapacitação ou violência: diante de um problema, a pessoa reage se sentindo impotente, desmaiando ou apresentando doenças psicossomáticas. Ela também pode reagir com explosões de raiva, agredindo pessoas, xingando ou quebrando objetos.
Viver no refúgio da imobilidade diante das injustiças não é saudável. Ser capaz de reagir ao que não gostamos e de defender nossos direitos é um princípio de bem-estar e saúde. Enfrentar conflitos e gerenciá-los efetivamente nos ajudará a crescer.
A pessoa com medo de conflitos é aquela que enche um balão com sua raiva e suas frustrações, pouco a pouco e em silêncio. Ela faz isso ao engolir o que dói, ao ceder e deixar que isso e aquilo aconteça. Até que no final seja tarde: o balão acaba explodindo em suas próprias mãos.
O uso contínuo da evitação fará com que nos instalemos gradualmente no círculo do sofrimento, em uma barreira defensiva nada saudável.
Daremos poder aos outros sobre nós e deixaremos que nossos limites pessoais se dissolvam e acabam somatizando essa frustração (dores musculares, problemas digestivos, úlceras, herpes labial…). Sem falar, é claro, de problemas mentais, como os transtornos de ansiedade.
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