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Exposição - “O ego encontrou nas redes sociais um terreno fértil para testar esses limites". Post114

  • Foto do escritor: Bárbara Areias
    Bárbara Areias
  • 15 de mai. de 2021
  • 3 min de leitura

Um apanhado sobre o tema


Pessoas expõem a si mesmas e seus amigos, além de seguidores dos seus amigos. São informações as quais todos os conectados têm acesso.


Segundo BRYANT (2013), 40% dos usuários dão acesso livre a seus perfis, permitindo que qualquer um veja suas informações e 60% restringem o acesso a amigos, familiares e colegas. Essa porcentagem aumenta quando existe um interesse profissional.


São fotos lindas, maravilhosas, cheia de charme, correndo o risco de alguém publica-las em sites pornográficos. São pessoas que podem se tornar alvos fáceis de bandidos que estão cadastrados nas redes com perfil falso. Estes post’s comprometem não somente a imagem da pessoa que está postando, mas está constringindo os seus amigos e amigos dos amigos.


A rede social não é um diário, que como antigamente, ficava trancado dentro de uma gaveta e com o acesso restrito. Ela é um livro aberto, onde não se está seguro atrás de uma tela de um computador ou celular.


“O ego encontrou nas redes sociais um terreno fértil para testar esses limites".


O apoio dos amigos e até de desconhecidos pode levar o internauta a postagens mais "perigosas", como publicar suas próprias fotos usando pouca roupa, expor situações comprometedoras do parceiro (principalmente quando foram traídos), entre outros exemplos. "O apoio eventualmente recebido alimenta ainda mais o seu desejo e esse sentimento vai crescendo exponencialmente.


Para a maioria é inevitável deixar de compartilhar cada instante da existência, exaltando uma perfeição ilusória e aceita socialmente.


Campanhas de ódio, assédios, exposição da intimidade alheia e até tentativa de homicídio usando a internet como meio de aproximação são riscos enfrentados com frequência cada vez maior pelos internautas.


A legislação atual não prevê formalmente o assédio pela internet como crime. Assim, caso uma mulher se sinta ofendida após receber um nude indesejado ou uma provocação sexual nas redes sociais, será preciso enquadrar o assédio como injúria.


O crime de injúria está previsto entre os crimes contra a honra no Código Penal, no artigo 140. A vítima vai na delegacia e faz um boletim pelo crime de injúria. Que, além de ser um crime leve, com pena de um a seis meses, não é o Ministério Público que entra com ação. A vítima precisa contratar um advogado e pagar as custas do processo.


Rever estereótipos de gênero e preconceitos que culpabilizam a vítima, como pesquisar a vida pregressa dela, rotular por fotos nas redes sociais ou tentar associá-la a padrões ligados ao comportamento, também faz parte dessa mudança social.


Nenhum argumento deve, em nenhuma instância, normalizar ou justificar atos.


A moral da mulher não tem nenhuma relação com o comportamento agressivo e abusivo de um homem.


Argumentos sobre a conduta, comportamento, forma de se vestir da mulher que foi violentada tiram o foco do fato de que há um agressor, que agiu contra a vontade dela, que se aproveitou de uma situação de fragilidade, que fez com ela atos não consentidos.


Mesmo entre as mulheres, 30% concorda com este raciocínio, que culpa a vítima pela violência sexual sofrida.


Cultura machista faz com que homens "normais" que cometem violência não se enxerguem como agressores, diz Scarpati... Não existe o "grande monstro estuprador". Na maioria dos casos de violência sexual, os perpetradores são considerados "homens normais", que não acham que cometeram um ato violento. Mas o que exatamente eles pensam?


É o que investiga a brasileira Arielle Sagrillo Scarpati, de 28 anos, que faz doutorado em psicologia forense na Universidade de Kent, na Inglaterra.

"Quando você olha a literatura sobre o tema, observa que a maioria dos casos de estupro são cometidos por agressores que não têm nenhuma patologia. A gente tem essa noção de que o estuprador é um monstro, um psicopata. Mas na verdade esses homens são o que chamamos de normais, em geral tidos como pessoas boas, salvo raras exceções. Isso sempre me chamou muito a atenção", disse à BBC Brasil.


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