Doutrina Espirita, Reencarnação e Karma - post124
- Bárbara Areias
- 18 de jan. de 2022
- 4 min de leitura

Doutrina espírita é uma doutrina espiritualista e reencarnacionista estabelecida na França em meados do século XIX pelo autor e educador Allan Kardec (pseudônimo de Hippolyte Léon Denizard Rivail).
É baseada em cinco 'obras básicas', chamadas de Codificação Espírita, publicadas por Kardec entre 1857 e 1868. A codificação é composta por O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese. Somam-se ainda as chamadas obras 'complementares', como O Que é o Espiritismo?, Revista Espírita e Obras Póstumas.
Toda doutrina que acredita em algo além da matéria é espiritualista, mas nem toda doutrina é espírita. Somente ao espiritismo cabe esta definição ao pé da letra, pois fora Kardec quem criou esta palavra a fim de melhor definir aquele que acredita na comunicação com os espíritos e na vida futura. Mesmo não sendo reconhecido como ciência,[7] Kardec dizia que o espiritismo alia aspectos científicos, filosóficos e religiosos.
O Livro dos Espíritos é o primeiro livro da Codificação Espírita publicado por Allan Kardec. Esta obra contém os princípios do Espiritismo sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as Leis Morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da humanidade. A 2ª edição, definitiva, contém 1 019 perguntas respondidas pelos desencarnados de luz.
Muitas vezes as pessoas acabam conhecendo a doutrina e frequentando as casas espíritas em momentos difíceis em suas vidas, como uma perda.
De acordo com algumas versões, o conceito de reencarnação chegou ao Ocidente pelas mãos do matemático grego Pitágoras. Durante uma viagem que fizera ao Egito, ele teria ouvido diversas histórias e assistido a cerimônias em que espíritos afirmavam que vinham mais de uma vez à Terra, em corpos humanos ou de animais. O mesmo conceito – com variações aqui e ali – marcou religiões orientais, como o bramanismo e o hinduísmo (e, mais tarde, o budismo)
Para os espíritas a reencarnação explica a existência do espírito e sua eternidade. Quando desencarnamos nos encontramos na erraticidade, ou mundo espiritual, nele continuamos a agregar conhecimento em busca da elevação.
É através dos médiuns que é feita a comunicação com os espíritos. Um dos médiuns mais conhecidos é Chico Xavier. Por meio da psicografia, um tipo de mediunidade, ele escreveu mais de 400 livros ditados pelos espíritos.
Além da reencarnação o Karma também é uma das perguntas mais ouvidas.
O que é Karma:
Karma ou carma significa ação, em sânscrito (antiga língua sagrada da Índia) é um termo vindo da religião budista, hinduísta e jainista, adotado posteriormente também pelo espiritismo.
O peso do destino que as pessoas carregam! No espiritismo, se refere à Lei de Causa e Efeito, cada ação no plano espiritual ou físico causará uma reação.
Lei de causa e efeito é um princípio universal, que significa que o acaso não existe. Um dos princípios da lógica é a causalidade, daí a afirmação de que todo efeito tem uma causa. Essa causa pode ser boa ou ruim, promovendo respectivamente resultados positivos ou negativos.
Livre Arbítrio – É o direito que as pessoas têm de fazer suas próprias escolhas.
Destino – É o fado que o espírito decide carregar em sua reencarnação.
Segundo o Livro dos Espíritos, o destino poderia interferir no livre arbítrio, pela sua fatalidade. A fatalidade é escolhida pelos espíritos antes de encarnar, porém, o livre arbítrio permite que as pessoas façam escolhas, que vão fatalmente interferir em seu destino.
Se ao fazer uma reflexão sincera, livre de preconceitos, o indivíduo não encontrar a causa de suas aflições nesta encarnação, certamente ela reside em vidas passadas. Isso pode perfeitamente ocorrer porquanto as existências são solidárias, e o que não se consegue aprender em uma vida obviamente fica para uma próxima etapa - um novo mergulho na carne: a reencarnação.
Dentro da concepção espírita de vida, podemos afirmar que as condições atuais de nossa existência na Terra são definidas basicamente por três fatores:
1- A escolha, pelo próprio Espírito, antes de encarnar, do corpo ao qual se unirá e do estilo de vida que terá aqui na Terra, a qual incluiu elementos que definem, de forma bastante genérica as provas que vai enfrentar (O LIVRO DOS ESPÍRITOS, Questões 334 e 335). Esta escolha poderá ser mais ou menos condicionada pela necessidade de reparação de suas faltas havendo, inclusive, certos casos em que a encarnação num determinado corpo poderá ser imposta por Deus (idem. Questão 337);
2- As escolhas feitas na existência atual e seus desdobramentos (O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Cap. V, Itens 4 e 5);
3- Os resultados de nossas ações do passado remoto, em cumprimento da lei de causa e efeito, fazendo com que colhamos, agora, frutos do amor ou do egoísmo plantados em outra encarnação (O LIVRO DOS ESPÍRITOS. Questão 921; O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO. Cap. V, Itens 6 e seguintes).
O determinismo dos acontecimentos, portanto, não existe de maneira absoluta. Ele existe, devemos admitir, nas escolhas de que falamos no item 1, quando se trata de provas de natureza física (ex.: grupo familiar, enfermidades congênitas).
Quanto às provas morais, o Espírito conserva o livro-arbítrio, sendo possível ceder ou resistir às tentações e, mesmo, modificar no presente resoluções tomadas no Mundo Espiritual, antes de encarnar.
Em relação ao item 3, aos fatos que resultam de coisas que fizemos por ato de livre vontade, não há como fugir de suas conseqüências, sejam boas ou ruins. Mesmo que a nossa vontade nos desvie momentaneamente, cedo ou tarde, nossa própria consciência nos levará a responder por eles.
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