Sem comprometimento não há evolução
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- 18 de jun. de 2016
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Assumir uma responsabilidade significa responsabilizar-se pela vida que se tem, decidindo-se em responder pelos compromissos, bem como, pelas consequências dos atos tomados por si. Em outras palavras, é enfrentar os compromissos e as situações que surgem na vida com coragem e atitude, comprometendo-se com a conseqüência de uma ação.
A consciência de cada ser é que determina sua responsabilidade perante a vida e o quanto vai se comprometer nela. A responsabilidade se inicia com aspectos de interesse próprio para depois ser de interesse de uma coletividade. Inicia-se com a responsabilidade de uma casa, com os afazeres do trabalho, com as necessidades da família, para depois se responsabilizar pela conservação do planeta ou pela evolução da humanidade. Ou seja, quando se compreende que todos os seres estão juntos no mesmo sistema evolutivo e que nele, cada um se encontra num determinado estágio de aprendizado, muda-se o comprometimento para com a vida, para com as pessoas que nos cercam e para com a própria evolução.
Todos os seres vivem em interdependência energética, ou seja, uma dependência recíproca para evoluir e ser feliz. Comprometer-se com a vida depende do quanto se compreende este processo todo e do quanto de dignidade e brio se opta em expressar. Um comportamento pessoal de inveja e maledicência pode prejudicar uma pessoa, assim como uma atitude de assertividade pode ser o exemplo que ela precisava para tomar uma decisão, e os seres sempre estão inseridos em situações em que podem fazer algo positivo.
No dicionário, a palavra assumir é definida como chamar para si, tomar para si, no entanto, não se faz isso com todos os compromissos que se assume. A verdade é que se pode comprometer com responsabilidade ou pode-se fugir dela. Cada ser opta em responder pelas consequências de seus atos ou fugir delas. Assim, assumir efetivamente uma responsabilidade ocorre quando se enxerga a real necessidade de fazer algo pela própria consciência, o fazendo. Quando um ser está realmente decidido, ele não esquece desta responsabilidade na agitação do dia e não a transfere para outras pessoas, nem a deixa depender de algo que não dependa dele mesmo. Ou seja, é um comprometimento pessoal que não falha. Como assumir a responsabilidade de prover uma família, de educar um filho, de assumir um posto de liderança de um trabalho, ser um bom pai, um bom marido, etc.
Cada responsabilidade desta implica em mudanças comportamentais, assim, por exemplo, para ser um bom marido, é preciso mudar comportamentos e maus hábitos. Sua responsabilidade é de prover fisicamente, emocionalmente e mentalmente sua esposa e sua família. Fisicamente é ser o provedor financeiro do lar, sustentando necessidades pessoais dos familiares, de alimentação, vestimenta e manutenção da casa em geral. Emocionalmente e mentalmente, deve ser o ponto de apoio de seus familiares, trazer a razão no momento certo, a afetividade, o carinho, a força, a alegria, o humor, etc. Tudo isso significa assumir a responsabilidade de ser um bom marido, condição esta adquirida por opção.
Estes foram exemplos de responsabilidades perante outros seres, no entanto, cada ser possui responsabilidades, antes de tudo, perante si mesmo, responsabilidade perante sua vida e sua evolução. Existem coisas que ninguém poderá fazer para o outro, sendo de sua única responsabilidade ser feliz.
Assumir uma responsabilidade demanda disciplina e honra, transformação de vícios, e isso significa correr atrás de soluções e ser digno no que se compromete a fazer. Ter honra e dignidade é fazer jus à capacidade que Deus deu a todos e agir em conformidade com ela, subjugar essa capacidade por qualquer motivo é ser indigno da condição de ser evolutivo. Pois todo homem é dotado da capacidade de criar circunstâncias positivas em sua vida, as limitações se fazem presentes por opção de cada ser. Ou seja, muitas delas existem por criação do ser, que se torna indigno e irresponsável por não responder ao que lhe compete: ser feliz e evoluir.
Existem alguns mecanismos criados pelo próprio homem que dificultam esta tomada de decisão em ser responsável, tais como:
- Medo: o medo é uma energia contrária à evolução, ele paralisa o ser, que fica estagnado sem produzir nada, e com isso acaba desenvolvendo outros vacilos comportamentais, como a maledicência, inveja, maldade, etc. O medo deve ser combatido com o autoconhecimento das capacidades pessoais, com a valorização do que se tem de melhor para ser utilizado como ferramenta para evoluir, assim como a coragem para assumir novos desafios.
- Desorganização: é o desleixo que se tem pela vida, fazendo com que o ser sobreviva a ela e não a viva. Sem uma ordem estabelecida não se consegue assumir responsabilidades simples, como lavar uma louça, guardar os documentos na pasta certa, organizar as prioridades do dia, pequenas coisas que juntas, dificultam uma responsabilidade maior que necessite de uma organização já estabelecida. Esta organização é integral, fisicamente, onde o sistema físico (casa, vestimenta, carro, ambiente de trabalho) deve seguir uma ordem; emocional e mentalmente, quando se sabe das atividades do dia, das prioridades, quando se sabe decodificar e organizar as sensações, emoções experenciadas durante o dia.
- Falta de assertividade: a falta de assertividade é a falta de foco na vida, falta de priorizações. Por exemplo, o ser que quer fazer tudo e no final não faz nada, ou que não sabe falar não para ninguém e não consegue cumprir nada do que falou. A falta de assertividade transforma a vida, onde não se consegue cumprir nada, concluir nada. Para responder pelos compromissos o ser deve estabelecer prioridades e concluir cada uma delas.
- Preguiça: para assumir uma responsabilidade é necessário sair do marasmo, da zona de conforto. Muitas vezes, sabe-se o que tem que se feito, o motivo de se fazer e como fazer, mas este movimento acaba não saindo do campo da intenção. O marasmo e o corpo mole são tão prazerosos que o ser não quer sair desta situação, e assumir uma responsabilidade é ter que abandonar uma acomodação dessa através de dinamismo, ação, disponibilidade às pessoas até entrar novamente num ritmo de vida mais produtivo.
- Falha na educação: muitas pessoas - geralmente superprotegidas na infância - cresceram sem ter responsabilidades, sem lidar com esta experiência, quando adultas não sabem como lidar com responsabilidades de cuidar da casa, pagar contas, cuidar de filhos, enfim, fazer coisas que antes eram feitas pelos pais ou por uma outra pessoa. Na verdade, esta falha na educação não justifica este comportamento enquanto adultos, pois pela consciência pode-se concluir o correto a ser feito e sair deste infantilismo adulto.
- Fuga: O compromisso, muitas vezes, leva as pessoas a fazer coisas desagradáveis, obrigando-as a sair da tranquilidade, do marasmo, fazendo com se comprometa, o que, por vezes, pode ser entendido como uma pendência, um comprometimento de sua “liberdade”. Isto é bem comum, para não se assumir uma responsabilidade, quando se pensa que, se responsabilizar por algo, é um fardo, algo que prejudica uma programação do que se gostaria fazer. Por exemplo, “não assumir a responsabilidade de um relacionamento porque não se quer perder a liberdade”. E justamente o que faz a pessoa perder efetivamente sua liberdade se enroscando cada vez mais na confusão paixão-instinto-adrenalina-mentiras... A fuga faz com que se crie mecanismos de defesa e autoenganos, como não querer enxergar a necessidade de se assumir responsabilidades.
- Negligência: a negligência existe quando não se quer fazer aquilo que já compete ao ser fazer. Ou seja, a pessoa já tem consciência da postura que deve tomar, mas por algum motivo não toma, o que caracteriza uma má formação de caráter. Sempre que se opta em não agir no bem, se age no mal, quando o ser não está sendo produtivo, ele expressa algum comportamento incorreto e assim constrói o seu caráter. Então um ser irresponsável, por qualquer um destes motivos citados, alimenta e expressa comportamentos que não formam um bom caráter, e sim o oposto. Portanto, por falta de assumir uma responsabilidade pode-se desenvolver um “mal caratismo”.

A importância de se assumir uma responsabilidade
Conforme se assume responsabilidades adquire-se maturidade de vida e satisfação a cada cumprimento delas e novos compromissos aparecerão. Assim é a vida de quem se dispõe a evoluir, optando para sua felicidade. “Maturidade é termos alcançado a completa ciência de quem somos e do que temos que fazer na vida e, assim, não esperar que alguém faça por nós o que é de nossa obrigação”.
Assim o homem se desenvolve e aumenta sua capacidade de resolver problemas, criar soluções, e suas responsabilidades são cada vez maiores, bem como sua satisfação e realização na vida. Sua automotivação são suas conquistas e a consciência tranquila e leve de quem cumpriu com sua obrigação.
Praticando a Responsabilidade
Uma boa maneira de alcançar os seus objetivos é trabalhar com a ajuda de uma lista de tarefas diárias. Esse é um truque muito comum, que pode ajudar você a organizar as suas prioridades e chegar ao fim do dia com a consciência de ter tido um dia produtivo. Segue dicas de...
...COMO CUMPRIR METAS USANDO UMA LISTA DE TAREFAS:
Dica 1
Reveja todos os seus objetivos mensais. Tente se recordar de todos os grandes compromissos e projetos que você precisa finalizar naquele mês.
2 Pegue os trabalhos maiores e divida-os em pequenas tarefas. Ao invés de manter um objetivo grande, no qual você perderá dias dedicando-se exclusivamente a ele, recorte-o em pequenas tarefas que podem ser realizadas por dia.
3 Organize as suas tarefas e objetivos por ordem de importância. Pense no que você precisa para agora. Isso é o que deve ser feito primeiro. E a partir disso você pode começar a organizar os próximos passos das suas tarefas.
4 Use um bloco de notas, um calendário ou mesmo uma agenda que te permita anotar todas as tarefas que você deve cumprir por dia. Mantenha essa lista sempre por perto, para poder consultá-la.
5 Olhe para a sua lista de afazeres pelo menos três vezes por dia. Isso vai ajudar você a manter a organização durante o dia. E lembre-se: algumas tarefas não podem ser finalizadas até que outras estejam prontas. Consultando a sua lista você consegue saber o que será necessário fazer primeiro.
6 Você vai perceber que, por mais organizado que seja o seu dia, algumas tarefas simplesmente ficarão pendentes. Isso é absolutamente normal, já que durante o trabalho – ou sua rotina de estudos – alguns imprevistos acontecem. Mantenha a calma e não se estresse com isso. Priorize as pendências no dia seguinte.
7 Quando faltarem alguns minutos para o fim do seu dia olhe para a sua lista de tarefas e risque tudo aquilo que você conseguiu resolver. Depois procure, entre as pendências, tarefas rápidas, que podem ser resolvidas naqueles minutos finais antes de você ir embora do escritório ou deixar os estudos de lado. Escolha uma delas e resolva-a.
8 Depois de resolver as pendências rápidas, anote aquilo que você não terminou em uma nova folha, na qual você vai anotar as tarefas do dia seguinte. Jamais use a folha de pendências do dia anterior, isso vai te dar a sensação de dever não cumprido. Comece sempre uma nova lista.
9 Reflita sobre as tarefas que você conseguiu resolver durante o dia. Elas foram resolvidas de forma eficiente? Você podia ter trabalhado melhor na resolução delas? Isso vai te ajudar a melhorar seu método de trabalho.
10 Evite colocar em sua lista mais coisas do que você pode fazer, isso vai te deixar frustrado. Coloque um número de tarefas que você sabe que conseguirá cumprir. E entre as suas tarefas, liste coisas divertidas, que te façam bem. Depois de tantas tarefas complicadas você merece um pouco de diversão.

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