Manchas na Pele
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- 21 de out. de 2015
- 4 min de leitura
Algumas características, como a cor, a forma ou o momento em que surge a mancha, podem ajudar a identificar o tipo e o tratamento adequado para cada caso. É sempre recomendado consultar um dermatologista quando aparecem manchas na pele.
Segue algumas e seus tratamentos:


Melasma é o surgimento de manchas escuras na pele, que normalmente aparecem no rosto, mas pode ocorrer em outras áreas expostas ao sol, como braços e colo. É mais comum em mulheres entre os 20 e 50 anos, porém também pode afetar os homens. Quando surgem na gravidez, as manchas são chamadas de cloasma gravídico.
O aumento na pigmentação ocorre devido à hiperfunção do melanócito, célula responsável pela produção do pigmento cutâneo (melanina), originando manchas na pele simétricas que variam a tonalidade, indo do marrom claro ao mais escuro ou acinzentado. Existem três tipos de melasma: superficial, profundo e misto; sendo os dois últimos os mais difíceis de tratar.
Melasma epidérmico: Quando há depósito aumentado de pigmento através da epiderme (camada mais superficial da pele).
Melasma dérmico: Caracterizado pelo depósito de melanina ao redor dos vasos superficiais e profundos.
Misto: Quando se tem excesso de pigmento na epiderme em certas áreas e na derme em outras regiões.
Não há uma única causa definida para o melasma, mas sabe-se que ele está relacionado principalmente à exposição solar, mas também ao uso de anticoncepcionais e algumas outras medicações, fatores hormonais, predisposição genética, algumas doenças (ex: hepatopatias) e à gravidez. A maior parte das pessoas com melasma possui um histórico de exposição diária ou intermitente ao sol, embora também suspeita-se que o calor seja um fator subjacente. É mais comum em mulheres, aproximadamente 90% dos casos, e àquelas com tons de pele mais escuro tem mais probabilidade de apresentar a doença.
O melasma não é cancerígeno, mas manchas na pele podem ter diversos significados.
Segundo a ginecologista Elisabete Dobao, do Rio de Janeiro, existem diversos tipos de tratamento para as manchas, que vão desde o uso doméstico de cremes clareadores e peelings, e até a aplicação de ácidos, tratamento com laser e luz pulsada, estes feitos em consultório.
Aplicar um bom protetor solar com fator de proteção (FPS) mínimo de 30 nas regiões expostas do corpo. É importante que o paciente dê preferência para os que oferecem proteção contra os raios ultravioleta A (UVA) e ultravioleta B (UVB). O filtro ajuda a estabilizar os benefícios do tratamento. "Mesmo quem vai ficar em casa deve adotar o hábito diariamente, para se proteger da luz do computador ou até mesmo daquela que entra pela janela” e "Usar uma base pode ser interessante para unir a proteção química do filtro com a barreira física da maquiagem”. Na hora de escolher a base, opte sempre por aquelas que respeitem o grau de oleosidade da pele. Se estiver em área externa, procure usar óculos de sol e se proteger com chapéu ou boné.
Para ajudar na remoção das manchas podem ser utilizados cremes clareadores a base de hidroquinona, ácido glicólico, ácido retinóico, ácido azelaico, entre outras substâncias, e, os resultados demoram cerca de dois meses para aparecer. O método não funciona em todos os pacientes e, mesmo que os resultados apareçam mais rapidamente, é necessário tempo para estabilizar a condição e impedir que a mínima exposição ao sol traga os sintomas de volta. O tratamento será constante/contínuo.
O uso do peeling, pode clarear a pele de forma gradual e, muitas vezes, mais rapidamente que os cremes. Contudo, é bom se atentar para a profundidade do procedimento, lembrando que os mais superficiais são mais seguros que os profundos e o dermatologista poderá dizer qual é a forma mais adequada caso a caso.
Também existe a possibilidade de usar laser ou outras formas de energia luminosa para ajudar no processo, mas o profissional tem que ser reconhecido na técnica e ela deve ser a mais adequada para o caso. Se não for a mais recomendada ou não for aplicada corretamente, o procedimento pode gerar ainda mais manchas na pele do paciente.
Afirma a dermatologista Leila Bloch, da Sociedade Brasileira de Dermatologia: Na hora de lavar o rosto, é preciso escolher os produtos com cuidado. A higienização correta é fundamental, pois prepara a pele para absorver da melhor forma os ativos dos cosméticos.
O mais importante é que quem tem melasma deve ter em mente que não existe milagre e nem cura. “Uma vez com melasma, sempre com melasma”.

Sardas e as Melanoses Solares, ou Manchas Senis, que surgem na idade avançada em decorrência dos danos causados pelo sol ao longo dos anos. As
manchas senis costumam surgir em áreas do corpo como mãos, braços, colo e ombros, e apresentam coloração que varia do castanho ao marrom.

O sol é o principal responsável por todos os problemas. “A radiação ultravioleta leva ao acúmulo do pigmento, pois gera a hiperatividade do melanócito”, diz a dermatologista Ana Lúcia Recio. Os tratamentos são semelhantes àqueles indicados para o melasma: cremes clareadores, peelings e alguns tipos de lasers.
Rosácea é uma doença inflamatória crônica da pele. A afecção se manifesta principalmente no centro da face, mas pode expandir-se pelas bochechas, nariz, testa e queixo e afeta mais os adultos entre 30 e 50 anos. Embora as mulheres sejam mais suscetíveis, os homens desenvolvem as formas mais graves da enfermidade.
Provavelmente, diversos fatores estão envolvidos no aparecimento da rosácea. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, os mais importantes são: predisposição genética, alterações emocionais e hormonais, mudanças bruscas de temperatura, exposição solar, uso de bebidas alcoólicas, medicamentos vasodilatadores ou fotossensibilizantes, ingestão de alimentos muito quentes.
A primeira manifestação é chamada de pré-rosácea. Sua principal característica é a tendência à ruborização fácil e passageira. O quadro evolui progressivamente para uma vermelhidão (eritema) no centro da face, que não regride e está associada a crises de calor e ardência. Nessas áreas vermelhas, ocorre um aumento de vasos sanguíneos semelhantes a teias de aranha (telangiectasias) e de pápulas ou pústulas. Essas lesões inflamatórias se diferenciam das provocadas pela acne, porque não apresentam pontos pretos.
Em 50% dos casos, pode surgir uma lesão nos olhos denominada rosácea ocular, com sintomas semelhantes aos da conjuntivite e danos na córnea. Nas formas mais graves, a pele fica mais espessa e aparecem nódulos inflamatórios que aumentam o tamanho do nariz, deixando-o com aspecto disforme e bulboso. Esses sintomas caracterizam a rinofima, uma complicação que afeta mais os homens.
O tratamento pode ser tópico (local), ou sistêmico (com antibióticos por via oral), ou cirúrgico utilizando laser, a eletrocirurgia e a dermoabrasão. O fundamental, porém, é evitar os fatores de risco que favorecem a manifestação da rosácea.
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