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Etiqueta para um bom convívio social (1/3)

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  • 25 de abr. de 2015
  • 7 min de leitura

A etiqueta é um código capaz de introduzir pessoas a grupos sociais proporcionando sensação de pertencimento ou de consideração com o outro. Consiste num conjunto de regras no relacionamento entre pessoas, no ambiente profissional, social ou familiar. Muitas dessas regras não são impositivas, porém, os conceitos comportamentais visam contribuir para a qualidade nos relacionamentos e na prestação do serviço ao público.

A essência dessa palavra vem de éti – queta: pequena ética. Foi criada pela sociedade francesa no século XV como uma forma de educar a sociedade recém-saída da era medieval, onde após uma refeição era comum palitar os dentes com facas usadas para matar animais e inimigos. A étiquette era providenciada pelo rei e enviada a seus convidados para momentos de festas, reuniões e encontros sociais, contendo regras de comportamento, bom senso e cordialidade inspirando civilidade, cuidado e respeito com o próximo.

Nas mais diversas situações, na forma de vestir e na apresentação pessoal. Alguns "descuidos“ podem levar à situações constrangedoras, as vezes não éticas, por desconhecimento de regras básicas, comprometendo a imagem pessoal e profissional. Uma pessoa com bom senso de etiquettes transpira confiança. Ela é capaz de colocar todos à vontade, sem se importar com o seu próprio posto ou condição social. Ela tem a capacidade de transformar as situações mais embaraçosas em momentos lúdicos espirituoso por sua inteligência, humor e índole boa.

É possível encontrar regras de etiqueta social para muitas situações, do âmbito público ao privado; do real ao virtual. Tais condutas são memorizadas com a prática, tal como qualquer outro aprendizado. Na dúvida, siga a regra do “mais é menos”: mantenha-se recatado e “sinta” o ambiente em volta para saber como interagir, evitando atitudes espalhafatosas e, consequentemente, constrangedoras.

Algumas das situações e regras para melhor orientar:

Etiqueta social – quando em movimento

Nao se deve andar a passos largos, fechar as portas com o pé ou subir os degraus da escada dois a dois. Você deve andar com elegância, calma e desembaraço. Seu corpo deve manter a postura correta. Os ombros devem estar na curvatura normal, sem sacudir. O tórax deve ser mantido firme e os braços devem cair suavemente ao longo do corpo. Lembre-se: seu andar deve ser natural.

Ao caminhar na rua o cavalheiro mantem a dama do lado de dentro da calçada.

Na escada sempre o homem sobe a frente ou a senhora a seu lado e na descida, o contrário é o exigido. Para uma senhora idosa o homem deve procurar ajudar, mas sem melindrá-la. Há pessoas idosas que detestam ser ajudadas.

No Automóvel se é o homem quem dirige, a mulher senta a seu lado, um outro cavalheiro atras e a direita.

No Táxi as senhoras sentam ao lado esquerdo e o homem a direita. Sabemos de antemão que é o cavalheiro quem abre a porta para as senhoras entrarem e saírem.

Etiqueta social – cumprimentos e conversas

Quem chega ao local deve cumprimentar os demais.

Sorrir e ser amável é essencial em qualquer cumprimento.

Caso encontre alguém que pergunte: “fulano, se lembra de mim?”, se você não lembrar o nome, não precisa mentir, apenas fale “Claro que lembro, mas esqueci seu nome agora”.

Sempre faça a apresentação com nome e sobrenome. Pode parecer esnobe, mas não é. Vale como uma referência importante.

Se for uma pessoa conhecida, famosa ou homenageada, pode-se dispensar a apresentação como o nome e sobrenome da mesma. A pessoa que está sendo apresentada tem seu nome e sobrenome anunciados.

A pessoa mais jovem ou menos influente é sempre apresentada à mais velha e mais influente e nunca o contrário.

O homem é apresentado à mulher (a não ser que ele ocupe um cargo social mais elevado do que ela, em bailes de gala, premiações, etc.).

É de bom tom apresentar-se ao anfitrião logo que chegar a um evento, principalmente se você foi convidado por outro convidado.

A prática de beijar a mão de uma mulher é raramente usada e, quando for, deve ser apenas com as senhoras, nunca com senhoritas.

O bom senso deverá determinar se a pessoa oferecerá um beijo ou um aperto de mão – tudo depende do grau de intimidade que se tem com o outro.

Em apresentações formais, oferece-se a mão, sempre. Nunca deixe uma mão estendida sem o aperto. Ao dar um aperto de mão, esse deve ser firme e respeitoso: não deve ser feito com a mão flácida e nem forte ao ponto em que chegue a ser dolorido.

Mulheres não se levantam. São cumprimentadas sentadas. A não ser para uma senhora idosa ou para uma gestante.

Homens se levantam sempre. Mesmo que seja para cumprimentar outro homem.

Não se cumprimenta com contato físico à mesa (beijos, abraços ou aperto de mão). Acena-se com a cabeça, e a saudação é geral.

Quando alguém se junta a um grupo que já estava conversando, é gentil que se faça um breve resumo do que estava sendo falado.

Gestos são permitidos, mas discretamente para dar ênfase a uma conversa.

Não aponte, só quando é absolutamente necessário, mas tome cuidado para não esbarrar em outra pessoa.

Gírias podem ser usadas na intimidade, em sociedade quando dão mais sabor ao que se conta. Devem ser evitadas diante de pessoas mais velhas ou de mais cerimônias.

Quando há um grupo de pessoas, no qual fazemos parte é sempre melhor dizer: fulano, beltrano e eu. É de bom tom colocar-se modestamente no fim da enumeração.

Guando cometemos uma gafe, o mais certo é deixar que ela caia por si só. Tentar corrigir o que se fez ou disse é pior. Sendo outra pessoa ajude-a a mudar de conversa.

Sendo alguém íntimo de um chefe de governo, um sacerdote, embaixador, etc., que ocupe cargo elevado devemos dar-lhe tratamento respeitoso. Não devemos dizer-lhe brincadeiras pesadas, havendo outras pessoas menos íntimas no grupo e, mesmo na intimidade.

Etiqueta social – telefone e celular

O telefone deve ser usado para recados rápidos, informações ou convites. Devemos falar ao telefone com voz clara e pausada. O certo é confirmar pelo nome da dona da casa antes de qualquer solicitação.

O horário mais correto para ligar para a casa de alguém, é de 10 horas às 22 horas, mas quando a intimidade é maior com a pessoa, ela costuma especificar seus horários, como “durmo tarde, pode ligar até meia noite”, mas se disserem “acordo cedo”, já levem como uma indireta para que você não ligue tarde.

Smartphone não é um Tamagotchi, ele também é uma ferramenta de comunicação profissional e consegue viver longe de suas mãos. Há momentos e momentos para ficar cuidando dele. Em reuniões, visitas a clientes, festas da empresa, aulas, cinema, velório e etc. ocasiões que demandam sua atenção, deixe ele quietinho. Olhar nos olhos de uma pessoa enquanto ela fala com você, em vez de continuar mexendo no celular, é também um sinal de respeito.

Sempre pergunte se aquele é um bom momento para ser atendido e ratifique sua educação, mostrando que valoriza o tempo do outro. Agora, nunca pergunte “Fulano, você está ocupado agora?“. Parte-se da premissa de que todo mundo está ocupado, pelo menos no horário comercial.

Não é muito elegante deixar seu telefone sobre a mesa. Mesmo que ele esteja em vibra call durante uma reunião ou almoço, quando o aparelho começa a tremer, todo mundo fica assustado. E mesmo que esteja desligado, ainda pode parecer que você está querendo se exibir.

E a ligação caiu, quem ligou anteriormente retorna _ Melhor seguir essa convenção. Ou ficará aquela coisa chata de um ligando para o outro simultaneamente, sinal de ocupado e caixa postal.

Seja criterioso na escolha de seu toque. Toques muito altos, muito agudos ou muito altos e agudos incomodam muito.

Retorne suas ligações. Se você demora mais de 24h para retornar, a impressão que pode erroneamente passar é de que não está nem aí para o seu contato.

Mesmo que você esteja imerso em uma conversa, lembre-se de que está dividindo um espaço físico com demais pessoas. Não eleve o tom de voz Também seja minimamente reservado quanto às suas intimidades.

Se o celular tocar por surpresa no meio de um compromisso, não atenda. Peça desculpas e tire o som. Mas se você já espera um telefonema importante, avise antes de começar seu compromisso.

Hoje utilizamos mais texto do que voz pelos telefones. Mas não utilize isso para se afastar de seus contatos. Lembre-se de que há assuntos e momentos em que o ideal é mesmo um telefonema. Há outros em que o ideal é um encontro presencial. Não fique se escondendo atrás de mensagens de texto e e-mails.

Etiqueta social – Netiqueta – mensagens

Na hora de escrever uma mensagem (seja um e-mail profissional ou uma conversa em rede social), evite escrever em letras maiúsculas. Como a internet tem suas limitações na hora de imprimir emoções, as letras maiúsculas acabam sendo usadas como “grito”. Uma mensagem inteira assim pode denotar outro sentido, mesmo sem querer.

Também é interessante escrever seus textos de forma clara e objetiva. Negrito, itálico e sublinhado são utilizados apenas em pontos específicos de detalhe. Abusar de gifs animados e fontes coloridas também não é uma boa escolha.

Evite escrever em outra língua, a não ser que seja solicitado.

Na hora de escrever uma mensagem longa, divida o seu texto em blocos e, se possível, por subtítulos. Mensagens grandes e contínuas são cansativas, ainda mais em uma tela de computador.

Na hora de mandar e-mails para mais de uma pessoa, opte por mandar em cópia oculta, principalmente se essas pessoas não se conhecem. Isso diminui a possibilidade de spams e mensagens indesejadas.

Etiqueta social – Netiqueta – fóruns e redes sociais

Antes de disparar mensagens em algum grupo, entenda o funcionamento dele. Muitos grupos têm regras e orientações aos participantes.

Não mande as mesmas mensagens várias vezes. Isso é uma forma de spam.

Seja sempre educado e respeitoso com todos os participantes e acate as decisões de moderadores. Eles estão ali exatamente para conduzir os fóruns de uma forma benéfica a todos.

Com o “anonimato” que a internet oferece, é muito comum que as discussões atinjam níveis que, na realidade, não atingiriam. Lembre-se que a internet é um espaço de convívio como qualquer outro e o bom senso deve sempre falar mais alto.

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